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Jovem Aprendiz e Estagiário - O Começo da Saga

  • Foto do escritor: Rafael Benedetti
    Rafael Benedetti
  • 22 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de mai. de 2020

As primeiras experiências de trabalho com carteira registrada são inesquecíveis, sejam boas ou ruins. É um momento que as empresas precisam perceber sua grande responsabilidade em fornecer uma experiência rica e de crescimento.

Começar a trabalhar pela primeira vez num ambiente organizacional pode ser um desafio e tanto, e ainda é até mesmo para os mais experientes quando mudam de emprego. Mas logo no começo, quando começamos algum curso profissionalizante ou uma faculdade, e vemos a necessidade de adquirir experiência no mercado, se inicia uma nova dinâmica de vida.


O sentimento de autonomia e responsabilidade vão aparecendo de uma maneira mais forte, da mesma forma que outras habilidades pessoais e técnicas surgem com o tempo. Esse momento é crucial, e as empresas precisam se preparar para receber e acolher esses jovens com tanto potencial.



O preconceito ainda existe, e não ajuda.

Muitas empresas parecem que ainda tem o pensamento arcaico e pré-histórico de que esses jovens profissionais só servem para tirar cópias, fazer trabalhos físicos, repetitivos, ou trazer o café na mesa. Esse preconceito, ainda existe na mente tanto dos jovens quanto de alguns mais experientes, o complicado é quando esses jovens, de alguma forma, criam um conceito pré-determinado das expectativas das suas funções, e já sabem o que os aguardam.

Com isso, parece que o jovem já pensa que precisa fazer isso e aquilo em sua função para que, um dia, muito distante, possa se tornar alguém que vá fazer a mesma que que fizeram com ele, mas com outro jovem. Mas as gerações mudam, a mentalidade é outra, a relação com o trabalho é diferente, e a visão que a empresa precisa ter com esses jovens talentos precisa, para ontem, modificar, evoluir.


Primeiras impressões, desenvolvimento e oportunidade

As primeiras impressões é que ficam, diz o ditado. E de fato se o jovem tiver uma experiência extremamente árdua e monótona como estagiário ou jovem aprendiz, poderá criar uma imagem perante essa função, e repassar isso para todos os seus colegas e virar um fenômeno real. Além de criar uma visão de que o trabalho é árduo, chato e só serve para ganhar dinheiro e perder cabelo.

Esse momento de iniciar uma carreira começa no recrutamento. É altamente importante ter um processo de recrutamento tendo em vista as habilidades pessoais do jovem, sem cobrar que um estagiário tenha necessariamente uma vivência, idiomas, habilidades técnicas e etc. Se for assim, contrate um assistente ou analista. Esse momento é de desenvolvimento e aprendizagem. É interessante criar um programa de desenvolvimento para esses jovens, com vivências nas áreas e expansão da visão da empresa, participação em projetos, feedbacks regulares, oportunidades para autonomias e responsabilidades, enfim, são muitas as possibilidades que variam conforme a realidade de cada lugar.



Esse jovem precisa ser regado como uma planta, e tem potencial de ser o futuro CEO

Antes de mais nada, esse jovem precisa ser acolhido, informado sobre aonde está, sobre suas oportunidades e planos de carreira. É preciso ter foco no desenvolvimento, sejam com questões pessoais e interpessoais, sejam com habilidades técnicas relativas a sua função e área. Se esse jovem consegue se desenvolver dentro da empresa, junto do constante aprendizado em outras instituição de ensino, o ganho será muito frutífero para a empresa e para o jovem. Caso ele não tenha uma experiência positiva, e saia por não ter encontrado um ambiente propício para crescer, se desenvolver e aprender coisas novas, além da empresa não ficar com uma boa reputação nesse requisito, não será nada benéfico internamente e eles terão desperdiçado talento, tempo e dinheiro.


Não é raro ver casos de pessoas que começam como jovem aprendiz ou estagiário e fazem carreira na empresa, e alcançam cargos altos. Muitas dessas pessoas têm vivências que poucos gerentes poderiam ter, elas sabem como é a dinâmica do trabalho desde baixo, e podem ter mais empatia nas decisões e conhecimento do lugar aonde estão.


Ofereça a luz para que ele escolha o caminho

Investir no desenvolvimento de jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, não é somente pensar no talento e benefícios internos que pode proporcionar a empresa, mas é pensar também em gerar um impacto para toda a carreira desse jovem, dos seus colegas, do seu ciclo de amigos, do seu grupo da faculdade, e de toda uma geração que está formando uma percepção do que realmente é esse mundo estranho e complexo do mercado de trabalho.


Criar um programa de desenvolvimento para jovens aprendizes e estagiários é, além de aproveitar o máximo desse profissional, é oferecer oportunidades para que ele entenda como que o sistema ali funciona, para que ele possa ver se esse caminho que ele está seguindo vai de encontro com o que ele imaginava, se é melhor que esperava ou se não é nada do que ele imaginava.


Ter essa atitude e postura é um compromisso com a sociedade, é uma responsabilidade social e política, é algo para ser aplaudido e inspirado por empresas de 10 ou 20.000 colaboradores.

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